Povoado Mumbuca e Praia Mumbuca


Como chegar
O caminho para a Comunidade Mumbuca é fácil e relativamente perto (35 km de Mateiros). Chegar nestes atrativos é extremamente simples e muitas pessoas sabem indicar suas localizações. De qualquer forma, segue tracklog que fizemos para ajudar:

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A trilha
Nível - fácil
Distância - não há trilha
Na época que fomos, a praia Mumbuca estava com as estradas bem ruins. Então compensa dar uma perguntada antes sobre as condições do caminho.

Um pouco do nosso dia...
Antes de visitarmos Mateiros ouvimos muito falar sobre o Povoado Mumbuca e o artesanato local, então decidimos que almoçaríamos por lá para conhecer um pouco da cultura local.

Curiosidade: O Povoado Mumbuca é reconhecido como Comunidade Quilombola pela Fundação Palmares. De acordo com o site Artesanato Solidário,  a comunidade quilombola Mumbuca foi fundada pelos negros, escravos libertos e descendentes diretos de escravos que migraram do sertão baiano e se instalaram na região, adotando o cerrado como sua grande mãe. A partir da miscigenação com índios, principalmente com as mulheres indígenas, provavelmente da etnia Xerente, no final do século XVIII, formou-se uma comunidade afro-indígena, em que quase todos possuem algum grau de parentesco. A presença indígena na cultura local é expressa no próprio nome do povoado, “Mumbuca”, que na língua indígena significa “abelha azul”, uma espécie comum na região. Na organização social da comunidade, os homens e as mulheres possuem papéis diferenciados. Os homens cuidam do plantio em que cultivam mandioca, batata, feijão, milho, entre outros, e as mulheres realizam a colheita e a preparação da farinha, além de se dedicarem ao artesanato.

A estiagem seguia por muitas luas
E o capim se sentindo cansado
Seco e sem vida
Fez uma oração ao sol, seu pai
E pediu que na ausência da mãe chuva,
Pudesse ao menos se sentir menos triste.
O sol, em compaixão à dor de seu filho,
lhe sussurrou um encantamento
que o tornou dourado como o próprio sol!
O capim, então, se tornou o ouro do cerrado
​sempre cheio de vida, de brilho, luz!
Raquel Lara Rezende


A população do Mumbuca não chega a 200 moradores, tendo como artesanato principalmente representado pelo capim dourado. Apesar do nome, estas plantas não são capins, mas sempre-vivas bastante resistente e duradouras. A colheita dessa planta para a utilização no artesanato é feita sempre nas primaveras, uma vez por ano.
No intuito de organizar o manejo do capim dourado e estimular o comércio, foi criada, em 2000, a Associação Capim Dourado, que hoje atua também na preservação e sustentabilidade da região, com fortalecimento da cultura local.


Chegando na comunidade, solicitamos o almoço, comer por lá é quase obrigatório! A comida lá é fruto do trabalho local, se estiver por lá não deixe de se deliciar comendo um frango caipira criado no quintal de casa sem rações e suplementos (muito diferente do que vemos na cidade). Para acompanhar a comilança, nós bebemos um suco de caju MARAVILHOSO, nada se parece com os que vendem por aí, acho que o calor escaldante e a fruta fresquinha colhida ali fizeram com que cada gole fosse especialmente único.
Como lá o almoço é encomendado diretamente com a pessoa que vai fazer, não tem nada adiantado  ou congelado, demora um pouco mais de uma hora para o banquete ser servido. E enquanto a senhora preparava, demos um pulinho na Prainha Mumbuca para conhecer... Por sinal, maravilhosa.

Será possível que todas as águas desse lugar são cristalinas e verdes? #maravilhada


O que achamos?
Passeio obrigatório. Conhecer um pouco da cultua da região é muito interessante e sempre agrega muitas experiências boas. Consideramos essencial.
Inclua no seu roteiro um almoço na Comunidade Mumbuca 

Gastos
R$0 por pessoa - Acesso à praia Mumbuca é Grátis
R$ 35 por pessoa o almoço na comunidade

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