Parque Estadual do Jalapão
Já fazia um bom tempo que planejávamos uma viagem para o Jalapão, mas a falta do carro 4x4 sempre cortava o nosso planejamento... Até que um belo dia cansei de escutar "... lá só vai 4x4" e decidi comprar minha humilde Pajero TR4 🙌. Depois disso, é só alegria, haha, e Jalapão 🚘🚜.
Este passeio que vamos contar faz parte da viagem que fizemos com objetivo de conhecer o Jalapão e a Chapada das Mesas. Fomos em 5 pessoas, 2 carros (TR4 e Sandero), tudo megaaa planejado, sem pacotes, sem guia, tudo por conta própria, partindo do DF e passando por GO, TO e MA.
Inesquecível!!! Rodamos quase 6.000 km em 17 dias e tiramos mais de 7.000 fotos 👀😅.
Este passeio que vamos contar faz parte da viagem que fizemos com objetivo de conhecer o Jalapão e a Chapada das Mesas. Fomos em 5 pessoas, 2 carros (TR4 e Sandero), tudo megaaa planejado, sem pacotes, sem guia, tudo por conta própria, partindo do DF e passando por GO, TO e MA.
Inesquecível!!! Rodamos quase 6.000 km em 17 dias e tiramos mais de 7.000 fotos 👀😅.
Serras Gerais, Jalapão e Chapada das Mesas
Aqui vamos nós...
A viagem foi incrível. No nosso roteiro "punk" visitamos um total de 30 atrativos distribuídos entre lagoas, fervedouros, nascentes, cachoeiras, rios, cavernas, cânions, dunas, mirantes e montanhas... e encontramos visuais incomparáveis.
Lugares conhecidos na viagem:
(i) Serras GeraisLugares conhecidos na viagem:
(ii) Jalapão
(iii) Chapada das Mesas
(iv) Natividade
Passamos também por outros lugares, como a Chapada dos Veadeiros e arredores de Brasília, mas como esses lugares fazem parte do "quintal de casa", já fomos outras vezes e comentaremos em post específico da Chapada dos Veadeiros de forma mais completa e abordando tudo que já conhecemos.
Um pouco sobre o Jalapão
A região "Encantos do Jalapão" é um conjunto de áreas de conservação localizado ao leste de Tocantins, divisa com os estados Maranhão, Piauí e Bahia e possui uma extensão de 34 mil km², como pode ser observado no mapa montado a seguir, com base no site mapa.turismo e englobando os municípios de Novo Acordo, São Félix do Tocantins, Mateiros e Ponte Alta do Tocantins.
O nome Jalapão é originado de uma planta diurética, Jalapa-do-Brasil, que de acordo com a crendice popular era misturado à cachaça, denominada "Jalapão". Essa região turística compreende o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) com uma área total de 1.589 km², criado em 2001 e que apesar de bastante conhecido ainda é um destino pouco visitado por conta das dificuldades de acesso.
De acordo com o site jalapão.com, o Jalapão possui 4 tipos de paisagens predominantes, sendo estas:
- Platô: com chapadões e planaltos
- Rebordos ou encostas: onde se localizam as nascentes dos rios e os processos de erosão, a partir dos ventos e das chuvas.
- Planícies: área de vegetação do cerrado aberta – mais sujeitas às queimadas.
- Veredas: áreas úmidas, ao longo dos rios, aonde se encontram as palmeiras de buriti.
Inserido no domínio da Bacia do São Francisco e do Parnaíba, a região apresenta formas correspondentes a superfícies planas, em formas de chapadas, cujas continuidades são interrompidas por escarpas que localmente recebem a denominação de serras (info: wikiparques). O lugar é um verdadeiro oásis inserido entre chapadões e serras, entre o cerrado e a caatinga, com águas translúcidas e muito abundantes, dunas de areia, fervedouros e impressionantes formações rochosas.
Com relação à população do Jalapão 😂 Que população? haha. A densidade populacional lá é de 0,8 habitante por km². Nas estradinhas, você as vezes fica horas e horas sem cruzar com absolutamente ninguém. A região foi primeiramente povoada em 1863 por um grupo de escravos remanescentes dos quilombolas, que fugindo da seca do sertão da Bahia descobriu a região e formando a primeira comunidade, denominada "Comunidade Mumbuca".
Além de todas as maravilhas naturais, o Jalapão ainda tem, culturalmente, o artesanato de capim dourado e seda de buriti, se tornando a principal fonte de renda para as comunidades locais.
O ponto de partida da maioria das pessoas que visitam o Jalapão é a capital Palmas, partindo para Ponte Alta (considerado o portal de entrada). De Ponte Alta, todas as estradas são de terra, em condições ruins e com muitos trechos de areia - o que torna imprescindível a utilização do 4x4. Existe a opção de aluguel de pacote de passeios também, para quem gosta.
Mas, não se engane, até porque como dizem: "o Jalapão é bruto", e é verdade! Não existe nenhuma maneira de vir ao Jalapão sem se aventurar... As "infinitas" estradas de terra e com pouca manutenção, qualquer 20 km se torna uma viagem imensa e "chacoalhada".
Saímos de lá, depois de 4 dias achando que asfalto era miragem... E repetíamos que nem papagaio as palavras: "CUIDADO!", "areia!", "pedra!", "buraco!"...
O acesso, de fato, é ruim e confesso que só acreditamos que realmente o 4x4 era necessário quando fomos. É bastante areia! Mas, vale todo e qualquer esforço... A região do Jalapão é inesquecível! ❤
(MAPA)
As localizações de todos os lugares que nós fomos estão certinhas (já que conseguimos chegar). Além disso, fizemos tracklog de quase todas as atrações, e vamos disponibilizando os caminhos nos posts direcionados, e esperamos assim, contribuir para facilitar o seu roteiro.
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
(8º DIA)
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| Jalapão: Mapa de Localização Básico |
O nome Jalapão é originado de uma planta diurética, Jalapa-do-Brasil, que de acordo com a crendice popular era misturado à cachaça, denominada "Jalapão". Essa região turística compreende o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) com uma área total de 1.589 km², criado em 2001 e que apesar de bastante conhecido ainda é um destino pouco visitado por conta das dificuldades de acesso.
De acordo com o site jalapão.com, o Jalapão possui 4 tipos de paisagens predominantes, sendo estas:
- Platô: com chapadões e planaltos
- Rebordos ou encostas: onde se localizam as nascentes dos rios e os processos de erosão, a partir dos ventos e das chuvas.
- Planícies: área de vegetação do cerrado aberta – mais sujeitas às queimadas.
- Veredas: áreas úmidas, ao longo dos rios, aonde se encontram as palmeiras de buriti.
Inserido no domínio da Bacia do São Francisco e do Parnaíba, a região apresenta formas correspondentes a superfícies planas, em formas de chapadas, cujas continuidades são interrompidas por escarpas que localmente recebem a denominação de serras (info: wikiparques). O lugar é um verdadeiro oásis inserido entre chapadões e serras, entre o cerrado e a caatinga, com águas translúcidas e muito abundantes, dunas de areia, fervedouros e impressionantes formações rochosas.
Com relação à população do Jalapão 😂 Que população? haha. A densidade populacional lá é de 0,8 habitante por km². Nas estradinhas, você as vezes fica horas e horas sem cruzar com absolutamente ninguém. A região foi primeiramente povoada em 1863 por um grupo de escravos remanescentes dos quilombolas, que fugindo da seca do sertão da Bahia descobriu a região e formando a primeira comunidade, denominada "Comunidade Mumbuca".
Além de todas as maravilhas naturais, o Jalapão ainda tem, culturalmente, o artesanato de capim dourado e seda de buriti, se tornando a principal fonte de renda para as comunidades locais.
O ponto de partida da maioria das pessoas que visitam o Jalapão é a capital Palmas, partindo para Ponte Alta (considerado o portal de entrada). De Ponte Alta, todas as estradas são de terra, em condições ruins e com muitos trechos de areia - o que torna imprescindível a utilização do 4x4. Existe a opção de aluguel de pacote de passeios também, para quem gosta.
Mas, não se engane, até porque como dizem: "o Jalapão é bruto", e é verdade! Não existe nenhuma maneira de vir ao Jalapão sem se aventurar... As "infinitas" estradas de terra e com pouca manutenção, qualquer 20 km se torna uma viagem imensa e "chacoalhada".
Saímos de lá, depois de 4 dias achando que asfalto era miragem... E repetíamos que nem papagaio as palavras: "CUIDADO!", "areia!", "pedra!", "buraco!"...
O acesso, de fato, é ruim e confesso que só acreditamos que realmente o 4x4 era necessário quando fomos. É bastante areia! Mas, vale todo e qualquer esforço... A região do Jalapão é inesquecível! ❤
Premissas
Para elaboração do roteiro é importante deixar claro aqui as premissas que adotamos:
(i) Nosso tempo disponível para a viagem era de 17 dias, sendo que para o Jalapão separamos 4 dias.
(ii) Partiríamos de Brasília com carro próprio, para não precisar alugar e nem ficar dependendo de passeios prontos (fugimos muito).
(iii) Fizemos mapa de TODAS as trilhas, pois a nossa ideia era não contratar guia em dia nenhum... Assim, se perder não era um problema para nossos passeios.
(iv) Como estávamos indo fora da alta temporada não fizemos reserva de pousadas, pois assim teríamos liberdade para alteração do roteiro, caso necessário.
(MAPA)
Disponibilizamos o mapa que fizemos no Mymaps com as localizações das atrações, e que acho que pode ajudar:
As localizações de todos os lugares que nós fomos estão certinhas (já que conseguimos chegar). Além disso, fizemos tracklog de quase todas as atrações, e vamos disponibilizando os caminhos nos posts direcionados, e esperamos assim, contribuir para facilitar o seu roteiro.
O roteiro (Jalapão) - 4 dias
O início do roteiro no Jalapão na verdade faz parte do sexto dia da nossa viagem, e vínhamos dos lugares maravilhosos das Serras Gerais.
(6º DIA)
Nosso sexto dia foi o tão aguardo dia de JALAPÃO. Viajamos bastante nesse dia, demos a "volta ao MUNDO" para conhecer a Cachoeira do Soninho (por causa da ponte quebrada), conhecemos a maravilhosa Pedra Furada e ficamos lá até o pôr do sol e depois partimos para a cidade de Ponte Alta, o portal de entrada para o Jalapão.
Hospedagem do 6º dia - Pousada Beira Rio (Ponte Alta do Tocantins).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
(7º DIA)
Acordamos bem bem cedinho (pra variar) e fomos rumo à dar a volta no parque. Somente retornaríamos para Ponte Alta para buscar o Sandero, que deixamos na pousada bem cuidado e quietinho. E então, partimos como "latas de sardinha", nas "estradas sem fim" adentro. Logo cedinho ainda conhecemos o Cânion Sussuapara, com uns raios de sol maravilhosos. Depois demos uma "paradinha" para conhecer a Cachoeira do Lajeado e partimos para o nosso destino mais incrível do dia: Cachoeira da Velha e Praias do Rio Novo. Fizemos um dos passeios mais radicais da nossa viagem, um rafting sensacional e, de recompensa curtimos muito um relax nas prainhas de água potável do Rio Novo. A estrada parecia, de fato, infinita... Mas COMPENSA! Finalizamos com uma noite de emoções para achar pousada em Mateiros, hahaha!
Hospedagem do 7º dia - Camping e Pousada Beira da Mata (Mateiros).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
Hospedagem do 7º dia - Camping e Pousada Beira da Mata (Mateiros).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
Aproveitamos o oitavo dia para acordarmos um pouco 'menos cedo', logo depois que o dia amanheceu. Iniciamos pelo Fervedouro do Buritis, que seria nosso primeiro contato com os famosos 'fervedouros', quanta ansiedade... Depois partimos para o Fervedouro do Ceiça e logo fomos almoçar no Povoado Mumbuca, onde aproveitamos para conhecer a Prainha Mumbuca. Que dia maravilhoso! Para fechar com chave de ouro, nosso pôr do sol com visto das Dunas do Jalapão, que deixa saudades até hoje.
Hospedagem do 8º dia - Camping e Pousada Beira da Mata (Mateiros).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
Hospedagem do 8º dia - Camping e Pousada Beira da Mata (Mateiros).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
(9º DIA)
Aí sim... voltando a acordar cedo, hoje 2:30 da manhã (férias é época de acordar cedo pra curtir tudo) para assistirmos o nascer do sol do topo da Serra do Espírito Santo, espetáculo a parte! Ainda de manhã fomos conhecer a tão famosa Cachoeira da Formiga (mérito todo dela). Nosso objetivo era dormir pelo caminho, mas com a empolgação que estávamos, acabamos emendando Fervedouro Bela Vista, Fervedouro do Alecrim e Morro da Catedral, voltando nesse mesmo dia para Ponte Alta do Tocantins. Esse dia foi destrutivo, haha! Chegamos em Ponte Alta com o carro na reserva, com o carro sem a placa frontal e com um 'empurrãozinho de Deus', aparentemente. Hoje o dia foi tenso 😵
Hospedagem do 9º dia - Pousada Beira Rio (Ponte Alta do Tocantins).
Se você quiser informações detalhadas, dicas e mais fotos dos os lugares que conhecemos nesse dia, clique nos links abaixo 👇:
Hospedagem do 9º dia - Pousada Beira Rio (Ponte Alta do Tocantins).
- Serra do Espírito Santo
- Cachoeira da Formiga
- Fervedouro Bela Vista
- Fervedouro do Alecrim e Morro da Catedral
- Cachoeira da Formiga
- Fervedouro Bela Vista
- Fervedouro do Alecrim e Morro da Catedral
Resumo - o que achamos
O Jalapão é incrivelmente inesquecível. Junto com as Serras Gerais, essa região representa um passeio único e diferente de tudo que havíamos visto por esse Brasil e Mundo. O Jalapão é bruto, e muito maravilhoso ❤. Até prefiro que ele continue sendo bruto, de difícil acesso, para que as paisagens sejam PRA SEMPRE pouco conhecidas e intocadas.
Voltaria? CLAROOOOOO! Tenho certeza de que ainda há muito o que explorar por essa região.
Uma decisão nossa muito acertada foi: 'deixar o Sandero em Ponte Alta'. Tenho certeza de que sem o 4x4 teríamos muito, muito, MUITOS PROBLEMAS. Pelo menos na época que fomos, agosto, não tente ir sem o 4x4. Nós pesquisamos muito e chegamos até a achar que daria pra fazer com o Sandero + TR4, sendo que um rebocaria no caso de atolar. Mas depois vimos que seria loucura, e foi uma decisão muito acertada!
PORTANTO, NÃO É UMA OPÇÃO... VÁ COM 4x4!
A viagem com carro próprio é uma ótima forma de fugir dos passeios de agência, assim como nas Serras Gerais, nada melhor do que poder montar seu próprio destino. As estradas são ruins, muito, muito mesmo! Isso torna os destinos de 50km, 80km, 100km eternos... E, sim, é cansativo.
Tem diversos atrativos no Jalapão que são imperdíveis, difícil até de classificar algo por aqui... Penso que vai muito do seu estilo. Eu AMEI ❤ a Cachoeira da Velha, os Fervedouros e a Serra do Espírito Santo.
Voltaria? CLAROOOOOO! Tenho certeza de que ainda há muito o que explorar por essa região.
Uma decisão nossa muito acertada foi: 'deixar o Sandero em Ponte Alta'. Tenho certeza de que sem o 4x4 teríamos muito, muito, MUITOS PROBLEMAS. Pelo menos na época que fomos, agosto, não tente ir sem o 4x4. Nós pesquisamos muito e chegamos até a achar que daria pra fazer com o Sandero + TR4, sendo que um rebocaria no caso de atolar. Mas depois vimos que seria loucura, e foi uma decisão muito acertada!
PORTANTO, NÃO É UMA OPÇÃO... VÁ COM 4x4!
A viagem com carro próprio é uma ótima forma de fugir dos passeios de agência, assim como nas Serras Gerais, nada melhor do que poder montar seu próprio destino. As estradas são ruins, muito, muito mesmo! Isso torna os destinos de 50km, 80km, 100km eternos... E, sim, é cansativo.
Tem diversos atrativos no Jalapão que são imperdíveis, difícil até de classificar algo por aqui... Penso que vai muito do seu estilo. Eu AMEI ❤ a Cachoeira da Velha, os Fervedouros e a Serra do Espírito Santo.
E a recepção aos turistas? Confesso que demos um pouco de 'azar' pois estavam sendo gravadas cenas de novela por lá, então tinham muitas pousadas com lotação máxima. As pousadas por lá costumam ser mais caras, e possivelmente estavam ainda mais por conta desse fator. Mas as pessoas são maravilhosamente simpáticas. Mas não precisa nem dizer né? Aqui não tem luxo, se você gosta de muito conforto e mimos, esqueça o Jalapão, aqui é bruto.
Informações úteis
Para ajudar no nosso roteiro, nós fizemos uma relação de hotéis e pousadas que achamos nos vários lugares por onde passamos. Acredito que essa relação também possa ajudar você a programar o seu passeio.
Temos também uma planilha de gastos da viagem, que pode te ajudar a planejar os custos de cada dia no seu roteiro.
Todos os posts dessa viagem
Temos também uma planilha de gastos da viagem, que pode te ajudar a planejar os custos de cada dia no seu roteiro.
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