Cemitério Bizantino e Projeto das Sempre-vivas


Hoje tiramos o dia para descanso. Com a trilha do dia anterior, a Cachoeira da Fumacinha, estávamos quebrados, destruídos... Doía braço perna, pescoço, hahahahaha! Parecia que tinham passado com um caminhão 🚛em cima da gente. Seria impossível fazer outra trilha pesada nesse dia de hoje.
Então optamos por dar uma volta na cidade de Mucugê (que amamos), conhecer o famoso Cemitério Bizantino de lá, e curtir alguma cachoeira com a menor trilha que encontrássemos, e que acabamos escolhendo as cachoeiras localizadas dentro do Projeto das Sempre-vivas (chamadas Tiburtino e Piabinha).

Esse roteiro é uma ótima opção para quem está buscando um passeio light, com um pouco de descanso, mas sem perder o charme e o encanto.

Como chegar
O Cemitério Bizantino fica dentro da cidade de Mucugê-BA, não tem como errar! Aliás, nossa pousada (Monte Azul) ficava bem ao lado, dá pra ver de longe o Morro onde ele fica. Do povoado do Baixão, de onde estávamos vindo, fica há cerca de 80km (mapa abaixo).

A trilha
Nível - fácil
Distância - 25 minutos, aproximadamente
Essa é aquela trilha ideal para você fazer após um dia de desgaste extremo. Toda no plano e com caminhada que não exige esforço físico. Vimos vários idosos e crianças no caminho.

Um pouco do nosso dia...
Hoje foi o dia conhecido e lembrado por nós como o dia que Thaís (eu, no caso) caiu igual a um abacate podre. 🍐  Nada podia ser mais desastroso. hahaha! Imaginou a cena? Uma menina fazendo a trilha o tempo todo plana e sem nenhum obstáculo, e de repente, ao surgir o ÚNICO desnível da trilha INTEIRA, uma simples escadinha de 2 ou 3 degraus, eis que ela desce rolando... 😭 E o pior! Quando levanta da queda desastrosa, só se preocupa em saber se a câmera está bem 😅 !
Mas o dia não foi só isso, e na verdade nem começou por este evento.

Vamos começar do começo...  👇
Nossa primeira parada, após sairmos do povoado do Baixão, foi a maravilhosa pousada Monte Azul (aquela do café da manhã no estilo 5 estrelas). Deixamos nossas malas lá, e como o Cemitério Bizantino fica bem próximo, não houve dificuldade nenhuma para encontra-lo.


 O Cemitério Bizantino na verdade se chama Cemitério Santa Izabel, e é tombado pelo Patrimônio Histórico. Isso porque ele tem o estilo Bizantino, e segundo informações que obtivemos, a influência bizantina vinha de compradores de diamantes de origem turca que viviam aqui.
De acordo com uma matéria no g1, por volta de 1855, houve uma epidemia de cólera em Mucugê e morreram muitas pessoas. Por causa de um decreto, o Brasil era um império não poderia mais enterrar pessoas nas igrejas (como era comum) e aí eles escolheram um espaço para construir este cemitério.
Bom, pra falar com muita sinceridade, nós não estávamos muito no clima de cemitério... Por mais que seja muito bonito, erguido no pé de uma linda montanha, ainda continua sendo um cemitério né.
Então, tiramos só algumas fotos e partimos pra um local menos "melancólico".

Partimos para o Projeto das Sempre-vivas, também bem pertinho de Mucugê. Chegando lá no Parque, paramos o carro no estacionamento, pagamos uma taxa de entrada (R$10 por pessoa) e fomos direto conhecer o projeto que o pessoal lá mantém para preservação dessas plantinhas tão linda.




A estrutura do local é bem organizada, com banheiros limpos, visitas para conhecer o projeto com guias que contam a histórias do local, explicam sobre a dificuldade da equipe na preservação das sempre-vivas ameaçadas de extinção e dão uma verdadeira aula de biologia.
Ficamos encantados com o local, a casa sede foi construída preservando a formação rochosa do local, então existem várias paredes de pedra incríveis lá dentro (pode observar na foto acima).

Saímos dali rumo às cachoeiras. A primeira não tem nem trilha, a caminhada dura cerca de 5 minutos até uma cachoeira simpática, mas não muito boa pra banho. A queda não forma poço, mas dá pra curtir uma hidromassagem gostosa.

Quem olha essa foto (acima) não sabe o sufoco que foi programar o timer da câmera em 30 segundos e sair correndo e escalando pedra pra dar tempo de chegar na foto. Quem fez isso? Eu que não fui... kkkk! Para acabar com esse problema, eu já comprei um controle remoto 😏 😆

Curtimos um pouquinho a queda, tiramos algumas fotos e partimos pra outra cachoeira, com uma trilha maior um pouco, mas ainda beeemmm tranquila.

AQUI É QUANDO O ABACATE PODRE ENTRA EM CENA...  😅
O tombo foi lindo, eu desci rolando num local praticamente reto (se é que dá), com a câmera pendurada no pescoço... Fomos eu e ela, rolando e rolando. Levantei até meio tonta! Meu Deus, "minha câmera está bem?" 😲 Como assim, câmera está bem? kkkkkk!
Depois que eu percebi que a câmera tinha sofrido apenas um pequeno arranhão e passava bem, comecei a ver o estrago causado em mim... 💥 Cotovelo arranhado e joelho sangrando, mas nada grave, vou sobreviver! Mas confesso, a culpa foi toda da FUMACINHA. Depois daquela trilha sem fim, quem é que consegue dobrar o joelho pra descer escada? Pois é.

Depois do pequeno estrago e muitas risadas, seguimos a trilha rumo a cachoeira.


A queda é menor do que a cachoeira anterior, mas tem um poço bem gostoso pra banho. Passamos uma boa parte do nosso dia lá, deitados curtindo um solzinho gostoso e água gelada. Dia agradável para descansar.
Foi um dia realmente maravilhoso.

Gastos

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