Cachoeira da Fumaça - por cima


Bem vindos ao post da segunda maior cachoeira do Brasil. Sim, sim, a Cachoeira da Fumaça, a imponente, a maravilhosa, a   i m p e r d í v e l   Cachoeira da Fumaça.
Se você está em dúvida se deve incluir no roteiro esse destino, não pense mais, inclua! A trilha é cansativa? Sim, é cansativa! Mas relaxa, que o suco de maracujá silvestre 🍹 que o moço vende lá no topo da cachoeira é  r e v i g o r a n t e.  Cura qualquer cansaço.

Essa trilha é para contemplação de cachoeira, não tem banho. Mas o passeio não perde em nada dos demais, mesmo sem banho! Isso porque o visual é de cair o queixo.

Como chegar
O ideal para conhecer a Cachoeira da Fumaça é ficar hospedado no Vale do Capão, que por sinal é um vilarejo com uma energia incrível e com estilo alternativo de Chapadas, sabe? Nós ficamos lá, amamos.
Enfim, partindo do Vale do Capão é bem simples chegar ao início da trilha para a Cachoeira da Fumaça - por cima. Basta se informar com qualquer morar sobre onde fica a Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC). 



Bem pertinho né? Mas isso do Vale do Capão, não confunda com Lençóis. Para a distância de Lençóis, acrescente aí 70km (em média 2 horas de viagem).

A trilha
Nível - intermediário (exige um pouco de preparo físico, não vá achando que é mamão com açúcar)
Distância - 12km (ida e volta)

A primeira parte da caminha é a mais puxada, aproximadamente 1 hora subindo, com algumas paradas para descanso. Depois tem mais cerca 1 hora de trilha, mas depois que fica plano, tudo volta a ser colorido 😅 .  Dá até pra observar a paisagem quando a caminhada é no reto, rsrsrs.

Um pouco sobre o nosso dia...
Ao chegarmos na Associação, contratamos um guia mega-indicado por nós. Já viu guia que ama a profissão, é super simpático, atencioso e ainda tira boas fotos? Simm, ele existe e se chama Mateus.

Observação importante: Você é daquele que odeia contratar guias? Acha que eles tiram nossa privacidade? Não gosta de ter que gastar dinheiro com isso? Também achava tudo isso! Mas algumas experiências que tivemos por aqui mudou a nossa opinião sobre a profissão guia, definitivamente. A partir daqui percebemos que não podemos generalizar... Pois tem gente boa por aí, e que fazem do nosso dia bem agradável. O Mateus foi uma dessas experiências!
Assim, nossa dica é: é obrigatório a contratação de um guia? Então a melhor coisa é pesquisar na internet, perguntar a pessoas e procurar por indicações para que o seu dia e seu dinheiro não entrem pelo ralo.

Voltando ao papo, após contratarmos o Mateus na Associação, tiramos algumas fotos, e percebemos coisas curiosas, do tipo: árvore de sapatos, já viram? hahahaha! Pois existem, e aqui provamos...
Constatações curiosas, né? Pois é...

Então, vamo que vamo morro acima.
A caminhada na parte da subida é puxada e dá a impressão de não ter fim. Mas, o visual encontrado a cada parada que demos pra descansar compensa cada gotinha de suor.
E o visual do Morrão ao fundo encanta demais...

Chegando no trecho reto da trilha, as paradas pra descanso extinguem, e são substituídas por pequenas pausas pra foto.

Meu amigo! Se eu te contar que, chegando lááááá no topo da Cachoeira da Fumaça, depois de 2 horas de caminhada, a gente encontrou um moço com um isopor e guarda-sol , vendendo suco, refrigerante e água... Você acredita? 😱 Se me contassem eu não acreditaria. Pois o moço existe! E segundo ele mesmo, acontece as vezes de ter que subir 2 vezes em um único dia. Que disposição!

E... que suco de maracujá silvestre foi aquele? Maravilhoso! Depois ficamos o resto dos dias da viagem pedindo "suco de maracujá silvestre" nos restaurantes, mas nenhum chegou nem aos pés daquele.

Continuando, depois da pausa merecida e o suquinho dos Deuses, fomos até o mirante da Cachoeira da Fumaça.

Pra quem tem medo de altura (como eu), era parte será a mais emocionante do passeio 😂😓. A pedra do mirante tem uma ponta, e o guia nos informa que, como tem bastante vento, o correto é deitar no chão depois da marcação e ir rastejando até a pontinha. Assim fizemos, um de cada vez. De lá da ponta, conseguimos ter uma boa noção da imensidão que são os 340 metros de altura da Cachoeira da Fumaça (com queda livre). É MUITO ALTO!

Após todo mundo curtir o visual do mirante, e tirarmos fotos, fomos para um outro mirante onde visualizamos a lateral da cachoeira junto com um paredão rochoso maravilhoso. E avistamos um mocó. Já ouviu falar? Pois eu nunca vi um nome tão feio para um bichinho tãão bonitinho!

Chegamos ao segundo mirante, e ficamos ali, por um bom tempo, apreciando aquela maravilhosa cena, comendo umas frutas que havíamos levado, batendo um papo... repondo as energias.


A Cachoeira da Fumaça, apesar de muito alta, não tem um volume d'água muito considerável. É comum ver, toda hora que bate um vento, as águas tomando um curso inverso... Ao invés de cair, elas subiam. Que louco 😵.
Se iniciava agora aquela preguicinha de, putz... agora tem que voltar! Mas a preguiça logo passou, pois o Mateus, nosso guia, começou a contar da sua vida, da história dele no Vale do Capão, várias histórias muito interessantes, que fizeram a nossa trilha passar muito rápido... Também, como diz aquele ditado né, "pra descer todo santo ajuda".

Chegamos ao final da trilha com sensação de dever cumprido. Que dia maravilhoso passamos!

Gastos
R$25 por pessoa - contratação do guia (a diária do guia foi R$100)

Todos os posts dessa viagem
- Chapada Diamantina
- Cachoeira do Mosquito
- Morro do Pai Inácio
- Pratinha e Gruta Azul
- Cachoeira da Fumaça - por cima (este post)
- Morrão e Águas Claras
- Cachoeira do Buracão
- Cachoeira da Fumacinha - por baixo
- Cemitério Bizantino e Projeto das Sempre-vivas
- Poço Encantado
- Poço Azul
- Igatu
- Gruta Lapa Doce

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